O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, assume, hoje, para um mandato de dois anos, a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante a XIII Cimeira da organização, que decorre em Luanda.

O Presidente João Lourenço sucede ao Chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, que, excepcionalmente, dirigiu a CPLP durante três anos. O presidente em exercício da organização tem um mandato de dois anos, mas Jorge Carlos Fonseca teve de ficar durante três anos, devido à pandemia da Covid-19, que impossibilitou a realização da XIII Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da comunidade.

O estadista angolano passa, assim, a dirigir duas organizações internacionais, pois é, desde Novembro de 2020, presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, da qual são membros, além de Angola, o Burundi, Congo, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.

Na CPLP, Angola elege a cooperação económica e empresarial como as principais prioridades. No lançamento da agenda de trabalhos da Cimeira, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, explicou que o país pretende dar continuidade aos projectos existentes e assinar acordos sobre a mobilidade no espaço da comunidade, assentes na regularização e agilidade para permitir o desenvolvimento dos Estados-membros.

“Queremos dar continuidade ao trabalho desenvolvido por Cabo Verde que está preocupado com a questão da mobilidade. Vamos procurar trabalhar para preservar as conquistas existentes”, prometeu.Para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos laços económicos, disse, é fundamental que a mobilidade das pessoas seja um facto garantido. Defendeu que se regule e agilize a proposta para a mobilidade de pessoas no espaço da comunidade.”Temos um mercado de 270 mil pessoas e países com costas marítimas, com muitas potencialidades, que precisam ser melhor exploradas, do ponto de vista económico, para garantir a internacionalização das nossas economias”, disse.

Segundo Téte António, Angola pretende, igualmente, contribuir na implementação e difusão efectiva da Língua Portuguesa como o quarto pilar para o desenvolvimento económico da comunidade, dentro dos acordos já existentes sobre a Conservação Política, Diplomática e Cooperação.

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Ontem, o chefe da diplomacia angolana foi confirmado como presidente do Conselho de Ministros da CPLP, durante a reunião ministerial que preparou a agenda para a Cimeira de hoje. Zacarias Albano da Costa, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, assumiu as funções de secretário executivo da organização para o período 2021-2023, tendo substituído o diplomata português Francisco Ribeiro Telles.

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Os ministros da CPLP apreciaram, ainda ontem, as recomendações da reunião do Comité de Concertação Permanente (CCP) e aprovaram os projectos de resolução e de declarações.

O embaixador de Angola na Etiópia e junto da União Africana, Francisco da Cruz, falou sobre a “importância estratégica da Bienal de Luanda”, que se realiza em Outubro. A Cimeira teve início na segunda-feira, com a reunião dos pontos focais de cooperação., que se estendeu até terça-feira. Na quarta-feira, esteve reunido o secretariado técnico do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (COSAN) da CPLP, que preparou a reunião do dia seguinte do COSAN.

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